Espigueiros do Soajo
Foi num imponente afloramento granítico que foram construídos 24 espigueiros em pedra, na Vila do Soajo, Arcos de Valdevez, destinados ao armazenamento e secagem do milho grosso, cultura introduzida na região no século XVII. A monumentalidade desta edificação do sec. XVIII, resulta da escolha estratégica do afloramento; o facto de ser um ponto elevado, prestava-se à defesa de incêndios e de ataque de animais. A abundância de ratos no noroeste da Península Ibérica que perdurou desde o tempo da romanização até à baixa idade média e que diminuiu com a vulgarização do gato doméstico, teve influência nas características construtivas dos espigueiros
Foi num imponente afloramento granítico que foram construídos 24 espigueiros em pedra, na Vila do Soajo, Arcos de Valdevez, destinados ao armazenamento e secagem do milho grosso, cultura introduzida na região no século XVII. A monumentalidade desta edificação do sec. XVIII, resulta da escolha estratégica do afloramento; o facto de ser um ponto elevado, prestava-se à defesa de incêndios e de ataque de animais.
A abundância de ratos no noroeste da Península Ibérica que perdurou desde o tempo da romanização até à baixa idade média e que diminuiu com a vulgarização do gato doméstico, teve influência nas características construtivas dos espigueiros. Eram utilizadas grandes pedras circulares entre os pés e o restante corpo, no sentido de constituírem um obstáculo à subida dos roedores e muitas das estruturas deste conjunto terá utilizado velhas mós de moinhos. Estes espigueiros distribuem-se, uns junto dos outros, caracterizam-se pelas fendas verticais no canastro para que o ar circule através das espigas empilhadas, pelos telhados de duas águas e pilares de sustentação. No topo são geralmente rematados por uma cruz, que significa a invocação divina para a protecção dos cereais.
Este espaço ancestral comunitário que teve também a função de eira comunitária, cumpre, ainda hoje, as mesmas funções, já que parte destes espigueiros são utilizados pelas gentes da terra que vivem predominantemente da agricultura e criação de gado.
A população local viveu, até há um século atrás em regime comunitário, baseando a sua actividade na agricultura, com leis e actividades próprias. Esta relíquia arquitectónica inserida na área geográfica da serrania da Peneda, Gerês e Amarela, integra-se numa região montanhosa, com orientação diversificada do relevo e variações bruscas de altitude, cujo entrelaçar das influências dos climas atlântico, mediterrânico e continental dão origem a uma infinidade de microclimas.
Os espigueiros do Soajo, localizados fora do núcleo principal da vila, foram classificados como Imóvel de Interesse Público.
Foi num imponente afloramento granítico que foram construídos 24 espigueiros em pedra, na Vila do Soajo, Arcos de Valdevez, destinados ao armazenamento e secagem do milho grosso, cultura introduzida na região no século XVII. A monumentalidade desta edificação do sec. XVIII, resulta da escolha estratégica do afloramento; o facto de ser um ponto elevado, prestava-se à defesa de incêndios e de ataque de animais. A abundância de ratos no noroeste da Península Ibérica que perdurou desde o tempo da romanização até à baixa idade média e que diminuiu com a vulgarização do gato doméstico, teve influência nas características construtivas dos espigueiros